quinta-feira, 16 de junho de 2016

ALBERTO, António Joaquim

Sacerdote, nasceu na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e faleceu em Lisboa, a 16-7-1949, com 65 anos de idade. Era filho de D. Ana Seco Alberto e de Manuel António Alberto.
Estudou no Seminário de S. José, em Faro, onde se ordenou presbítero, sendo desde logo considerado como um jovem talentoso e uma das mais seguras promessas da diocese algarvia. Pelo facto de ser muito inteligente e dedicado à vida religiosa é que o bispo D. António Mendes Belo o incluiu naquela plêiade de sacerdotes algarvios, que o acompanharam até à solene cerimónia da sua consagração como Cardeal Patriarca de Lisboa. Ficaram todos na capital, auxiliando o antigo prelado do Algarve no difícil desempenho do seu múnus religioso. Aliás, quando ainda seminarista já o António Alberto se tornara no fâmulo de D. Mendes Belo, que nele depositava a maior confiança.
Cerimónia da investidura de D. António Mendes Belo, 
realizada a 5-3-1908, O p.e António Alberto é um dos 
acólitos junto às varas do pálio. (Occidente, de 10-3-1908)
No Patriarcado de Lisboa permaneceria como secretário particular do eminente purpurado durante 26 anos, servindo com o maior desvelo e competência, a ponto de o acompanhar a Roma na altura do Conclave de 1922.
Quando ingressou no Cabido da Sé Patriarcal dedicou-se aos serviços de assistência aos pobres, sendo pelas suas qualidades de gestão, e inquestionável seriedade, escolhido para tesoureiro geral da Obra das Vocações. Sempre muito activo e dedicado prestaria ainda relevantes serviços na Arquiconfraria do Santíssimo Sacramento das freguesias de S. Julião e de N.ª S.ª de Fátima, de Lisboa, da qual era, aliás, irmão benemérito.
Partiu da sua iniciativa a aquisição do Palácio de Santa Ana à Misericórdia de Lisboa, para nele ficar instalado o Patriarcado.
Possuía avultados bens de fortuna que à sua morte foram legados à Igreja, sendo por decisão testamentária doados ao seminário de Faro a importante quantia de mil libras.
Ficou sepultado no cemitério do Alto de S. João em Lisboa.
    O Padre António Alberto foi, e ainda deve ser considerado, uma das grandes figuras da patriarcal ulissiponense, mas também da diocese algarvia, infelizmente hoje ignorado e injustamente esquecido.

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